Revista Maitreya 049

14 Sala de Aula Gnóstica O Despertar da Consciência Tema 02 da Câmara Pública - por Ricardo Amâncio (IGA Lisboa) É necessário saber que a humani- dade vive com a consciência ador- mecida. As pessoas trabalham so- nhando. Andam pelas ruas sonhan- do. As pessoas vivem e morrem so- nhando. Quando chegamos à con- clusão de que todo mundo vive dor- mindo, compreendemos a necessi- dade do despertar. Existem três tipos de Consciência: a consciência simple, a autoconsci- ência individual e a consciência cósmica. As bestas têm a pri- meira, o animal intelec- tual equivocadamente chamado homem, a segunda, e os Deuses, a terceira. Necessita- mos de consciência do cosmos; isso é, a vida e a ordem do universo. A consciência cósmica traz um novo tipo de intelecção iluminada. Tal faculdade é uma característica do Super- homem. A consciência cósmica tem infinitos graus de desenvolvimento. A consciência cósmica de um novo iniciado é inferior à de um Anjo, e a de um Anjo não pode ter o desen- volvimento da consciência de um Arcanjo. Nisso há graus e graus. Esta é a escada de Jacó. Resulta impossível chegar à consciência cósmica sem a santidade. É impos- sível chegar à santidade sem o Amor. Precisamos querer despertar a consciência! A fascinação é a causa do sono em que se encontra a humanidade. A identificação demasiada com o mundo intensifica a mecanicidade e automatismo, não havendo espaço para a consciência atuar. A liberdade é algo que se tem que conseguir dentro de si mesmo. Nin- guém pode conseguir, fora de si mesmo; o sentido de liberdade só pode ser compreendido integral- mente quando são aniquilados os grilhões do nosso próprio cár- cere psicológico. En- quanto o “ Eu ” (Ego) existir, a consciência estará aprisionada. Sair da prisão só é possível mediante a aniquilação budista, dissolvendo o eu, re- duzindo o ego a cin- zas, à poeira cósmica. Hoje temos apenas 3% de Consci- ência livre contra 97% de Consciên- cia aprisionada nos Egos (7 peca- dos Capitais). Urge saber que dentro de nosso corpo lunar-animal temos um Eu pluralizado (Ego), cada sensação, cada emoção, cada pensamento, cada sentimento, paixão, ódio, vio- lência, ciúme, ira, cobiça, luxúria, inveja, orgulho, preguiça, gula etc. são constituídos por pequenos “ eus ” que não funcionam de manei- ra coordenada. Não existe, não há, um eu íntegro, unitotal, mas uma 14

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