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6

formação dos metais um no

outro, as transformações ra-

dicais que dão origem a uma

nova criatura transcendental.

Como seria – ou de que ou-

tra maneira – essas permuta-

ções metálicas poderiam re-

alizar-se dentro de nós mes-

mos? Obviamente, sem o

Fogo Sagrado da alquimia,

sem o

Sahaja Maithuna

seria

absolutamente impossível

efetivar transformações des-

se tipo.

Como vocês percebem, o

que nós buscamos é conver-

ter-nos em algo diferente,

em algo distinto... procura-

mos fazer com que as diver-

sas substâncias químicas se

combinem dentro do orga-

nismo para dar origem às

diversas funções biomecâni-

cas ou fisiológicas. Assim

como existem tantos fenô-

menos catalíticos e metabó-

licos, da mesma forma como

o açúcar pode transformar-

se em álcool, indubitavel-

mente também existem di-

versas permutações alquími-

cas, as quais, através de in-

cessantes combinações, vêm

a converter-nos realmente

em “Deuses Inefáveis”, tre-

mendamente divinos.

Obviamente, o “

Sahaja

Maithuna”

, a “Magia Sexu-

al”, é o fundamento vivo da

“Grande Obra”. O ser huma-

no ingressa no claustro ma-

terno como um simples gér-

men para nele se desenvol-

ver.

Depois de nove meses, esse

gérmen vem para a existên-

cia mais desenvolvido, po-

rém ainda não completa-

mente. Manifestamente, du-

rante os sete primeiros anos

transformações do esperma

em energia e que mediante

esse agente conseguimos

converter o chumbo em ou-

ro, não teríamos dito ainda a

última palavra. A explicação

ficaria incompleta porque

esse Mercúrio não somente

é um mero agente puramen-

te metálico, capaz de reali-

zar transmutações, como

ainda é algo mais: ele é o

“Deus da Eloqüência”, o

“Gênio-Vivo” que resplan-

dece no corpo astral do

Arhat

Gnóstico. Ele é o Lo-

gos, o próprio Terceiro Lo-

gos convertido ou transfor-

mado mediante a sexualida-

de no “Filho do Homem”.

Não é, pois, uma substância

meramente bruta ou metáli-

ca.

Não é unicamente essa ma-

téria “venerável” sobre a

qual nos falaram Sendivo-

gius, Raimundo Lulio, Nico-

las Flamel, Paracelso, Eltre-

visano etc. É algo mais, é

“Júpiter Tonante” converti-

do em Gênio manifesto; é

“Júpiter Tonante” converti-

do no planeta metálico Mer-

cúrio.

Falando no aspecto metálico

diríamos que é o grau mais

elevado convertido em

“Mercúrio-vivo e filosofal”.

Que o belicoso Marte se

converta nessa formosa e

perfeita criatura que percorr-

re os templos, nesses “Seres

do Amor”, nesses “Irmãos

Maiores” da humanidade,

assombra sobremaneira!

Causa admiração vermos

como a alquimia sexual,

meus caros irmãos, produz

em nós as permutações dos

planetas metálicos, a trans-

me, inefável. Verdadeira-

mente, através do Mercúrio

podemos transformar o

chumbo da personalidade no

ouro magnífico do Espírito.

Ele também pode aparecer

através de nosso rosto para

se ver no admirável espelho

da alquimia.

Se pensarmos em Marte, o

“Guerreiro”, o “Senhor do

Ferro”, nessas forças belico-

sas que carregamos em nos-

so interior, nessas forças

guerreiras e terríveis, não

podemos deixar de nos as-

sombrar ao ver como, medi-

ante a alquimia sexual, vem

a nascer em nós o “Senhor

do Amor”. Isto nos convida

à reflexão.

Que o velho e “Venerável

dos Séculos” se converta no

menino afetuoso que se mo-

ve dentro dos Templos da

Fraternidade Branca Univer-

sal. É assombroso vermos

“Júpiter

Tonante”,

o

“Terceiro Logos” inefável,

esse “Arqui-Hierofante e

Arquimago” de quem nos

fala Dom Mário Roso de

Luna, o insigne escritor es-

panhol, transformar-se no

Mercúrio da filosofia secre-

ta, no “Deus da Eloqüên-

cia”. É admirável vermos

Júpiter transformar-se nessa

forma lúcida de um Caglios-

tro, no prodigioso Saint Ger-

main ou simplesmente nessa

apoteose que nossa psique

vivencia durante o êxtase

magnífico. A mim que me

coube ver o meu próprio

Mercúrio no espelho da al-

quimia, dou testemunho de

que o tenho visto e digo que

é grandioso.

Se disséssemos unicamente

que o Mercúrio resulta das