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formação dos metais um no
outro, as transformações ra-
dicais que dão origem a uma
nova criatura transcendental.
Como seria – ou de que ou-
tra maneira – essas permuta-
ções metálicas poderiam re-
alizar-se dentro de nós mes-
mos? Obviamente, sem o
Fogo Sagrado da alquimia,
sem o
Sahaja Maithuna
seria
absolutamente impossível
efetivar transformações des-
se tipo.
Como vocês percebem, o
que nós buscamos é conver-
ter-nos em algo diferente,
em algo distinto... procura-
mos fazer com que as diver-
sas substâncias químicas se
combinem dentro do orga-
nismo para dar origem às
diversas funções biomecâni-
cas ou fisiológicas. Assim
como existem tantos fenô-
menos catalíticos e metabó-
licos, da mesma forma como
o açúcar pode transformar-
se em álcool, indubitavel-
mente também existem di-
versas permutações alquími-
cas, as quais, através de in-
cessantes combinações, vêm
a converter-nos realmente
em “Deuses Inefáveis”, tre-
mendamente divinos.
Obviamente, o “
Sahaja
Maithuna”
, a “Magia Sexu-
al”, é o fundamento vivo da
“Grande Obra”. O ser huma-
no ingressa no claustro ma-
terno como um simples gér-
men para nele se desenvol-
ver.
Depois de nove meses, esse
gérmen vem para a existên-
cia mais desenvolvido, po-
rém ainda não completa-
mente. Manifestamente, du-
rante os sete primeiros anos
transformações do esperma
em energia e que mediante
esse agente conseguimos
converter o chumbo em ou-
ro, não teríamos dito ainda a
última palavra. A explicação
ficaria incompleta porque
esse Mercúrio não somente
é um mero agente puramen-
te metálico, capaz de reali-
zar transmutações, como
ainda é algo mais: ele é o
“Deus da Eloqüência”, o
“Gênio-Vivo” que resplan-
dece no corpo astral do
Arhat
Gnóstico. Ele é o Lo-
gos, o próprio Terceiro Lo-
gos convertido ou transfor-
mado mediante a sexualida-
de no “Filho do Homem”.
Não é, pois, uma substância
meramente bruta ou metáli-
ca.
Não é unicamente essa ma-
téria “venerável” sobre a
qual nos falaram Sendivo-
gius, Raimundo Lulio, Nico-
las Flamel, Paracelso, Eltre-
visano etc. É algo mais, é
“Júpiter Tonante” converti-
do em Gênio manifesto; é
“Júpiter Tonante” converti-
do no planeta metálico Mer-
cúrio.
Falando no aspecto metálico
diríamos que é o grau mais
elevado convertido em
“Mercúrio-vivo e filosofal”.
Que o belicoso Marte se
converta nessa formosa e
perfeita criatura que percorr-
re os templos, nesses “Seres
do Amor”, nesses “Irmãos
Maiores” da humanidade,
assombra sobremaneira!
Causa admiração vermos
como a alquimia sexual,
meus caros irmãos, produz
em nós as permutações dos
planetas metálicos, a trans-
me, inefável. Verdadeira-
mente, através do Mercúrio
podemos transformar o
chumbo da personalidade no
ouro magnífico do Espírito.
Ele também pode aparecer
através de nosso rosto para
se ver no admirável espelho
da alquimia.
Se pensarmos em Marte, o
“Guerreiro”, o “Senhor do
Ferro”, nessas forças belico-
sas que carregamos em nos-
so interior, nessas forças
guerreiras e terríveis, não
podemos deixar de nos as-
sombrar ao ver como, medi-
ante a alquimia sexual, vem
a nascer em nós o “Senhor
do Amor”. Isto nos convida
à reflexão.
Que o velho e “Venerável
dos Séculos” se converta no
menino afetuoso que se mo-
ve dentro dos Templos da
Fraternidade Branca Univer-
sal. É assombroso vermos
“Júpiter
Tonante”,
o
“Terceiro Logos” inefável,
esse “Arqui-Hierofante e
Arquimago” de quem nos
fala Dom Mário Roso de
Luna, o insigne escritor es-
panhol, transformar-se no
Mercúrio da filosofia secre-
ta, no “Deus da Eloqüên-
cia”. É admirável vermos
Júpiter transformar-se nessa
forma lúcida de um Caglios-
tro, no prodigioso Saint Ger-
main ou simplesmente nessa
apoteose que nossa psique
vivencia durante o êxtase
magnífico. A mim que me
coube ver o meu próprio
Mercúrio no espelho da al-
quimia, dou testemunho de
que o tenho visto e digo que
é grandioso.
Se disséssemos unicamente
que o Mercúrio resulta das